domingo, 27 de abril de 2008

Apocalipse

Por Daniele Frederico - Revista Tela Viva, no.180, março 2008 - pg. 35 - foto: www.popai.com.br

A publicidade e os meios tradicionais podem estar próximos do fim. Este foi, resumidamente, o tom da apresentação do colunista da Advertising Age Bob Garfield, que abriu o Proxxima 2008. "Publicidade não é conteúdo. É algo que fica no caminho entre o espectador e o conteúdo".

Os hábitos do consumidor estão mudando, e nesse contexto até mesmo a TV broadcast pode desaparecer, segundo o crítico de publicidade. Ele rebate a afirmação de que nenhum meio de comunicação desaparece devido ao surgimento de outro. "Como dizem por aí, o rádio não desapareceu com o surgimento da televisão. Porém, ele sofreu muitas mudanças, e deixou de ser o entretenimento do horário nobre das casas das pessoas", afirma.

Garfield diz ainda que não só o rádio, mas também a indústria fonográfica foi fortemente atingida pela revolução digital. "O iPod já revolucionou duas indústrias para pior", acredita.

Neste cenário, a televisão broadcast também estaria fadada ao fim. E Garfield acredita que este fim pode estar mais próximo do que se imagina - cinco anos, em média. "Não acho que este meio sobreviverá, porém, caso sobreviva, será em virtude dos eventos ao vivo, como esportes e shows".

A solução para salvar os publicitários? Trabalhar com marketing. "Os marketeiros ficarão bem. São eles que vão criar o engajamento com os clientes", diz. "Já as agências só tem chances de sobrevivência como boutiques, não grandes corporações", conclui.

Polêmico, não? Qual a sua opinião?

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Projeto Fred é a primeira ONG de Minas Gerais a receber o conceituado Selo Carbom Free

Do site da Universidade Solidária - www.universidadesolidaria.org.br - Clipping - 10/09/2007
Fonte: Maxpress Net - www.maspressnet.com.br

O Projeto Fred é a primeira organização não governamental de Minas Gerais a receber o Selo Carbon Free, concedido pela ONG Iniciativa Verde, voltada para a preservação ambiental. O Carbon Free segue os princípios e procedimentos propostos pelo GHG Protocol, fruto de uma parceria entre empresas, ONGs e governos de todo o mundo. Para receber o selo de neutralização de carbono, o Iniciativa Verde realiza um estudo das emissões de CO2 decorrentes da atividade a ser neutralizada para, a partir daí, realizar o restauro florestal com o número de árvores determinadas pelo estudo. No caso do Projeto Fred, será necessário o plantio de 210 árvores para a neutralização.

Criado há nove anos, o Projeto Fred sempre teve a preocupação com o meio ambiente. Prova é a utilização, nas oficinas do tapete trama sem nó para presidiários e comunidades carentes, de materiais reciclados que integram o chamado 'lixo' das indústrias têxteis. Na trajetória do Projeto, que atende cidades da região metropolitana de Belo Horizonte e penitenciárias de todo o Estado, mais de 9.500 famílias já passaram pelas oficinas.

'Nossa preocupação é colaborar para a preservação da qualidade do ar, da água e da proteção à biodiversidade. Acreditamos que iniciativas como esta contribuem para amenizar os impactos ambientais, combatendo o aquecimento global, de uma forma consciente. É devolver à natureza, o que retiramos dela', observa a idealizadora do Projeto Fred, Andréa Ambrósio.

O coordenador do Iniciativa Verde, David Dieguez, explica que a iniciativa de neutralização de carbono existe em vários países do mundo. 'Centenas de empresas hoje possuem o selo Carbon Free, além de inúmeros eventos que se preocuparam em compensar suas emissões de CO2. Hoje, o tema de neutralização está no board de todas as 500 maiores empresas do País', afirma.

O coordenador do Iniciativa Verde observa que para calcular e publicar as emissões de CO2 de seus parceiros da maneira mais fiel, real e justa possível, a ONG adota os princípios de relevância, integralidade, consistência, transparência e precisão. 'Para aplicar estes princípios da melhor maneira possível, os especialistas da ONG buscam o constante aperfeiçoamento de procedimentos através de consultas a publicações respeitadas e aprovadas pela comunidade científica internacional', diz.

Prezados, o que esse exemplo tem com marketing de relacionamento? O que tem a ver com sua empresa e sua carreira?

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Ligação Gratuita 0800 Serviço de Atendimento ao Consumidor

Por Patricia Miranda Fernandes - www.consumidorbrasil.com.br/consumidorbrasil/textos/cidadao/ligacaogratuita.htm

Afinal, qual é o verdadeiro "interesse" do fornecedor em colocar à disposição este tipo de "serviço diferenciado" ao consumidor?

O que podemos observar e constatar através dessa prática mercadológica utilizada pela grande maioria dos fornecedores de serviços e de produtos é que com raríssimas exceções, poucos alcançam de maneira satisfatória, o real objetivo deste serviço, qual seja, atender o consumidor, quando da constatação de quaisquer vícios de qualidade ou quantidade apresentados no produto ou serviço, bem como informá-lo sobre sua utilização ou riscos que possam vir a acarretar danos, em consequência de ser usado de maneira indevida, ou ainda para receberem do consumidor, sugestões sobre a modificação, criação ou melhoria de produtos já comercializados, etc.

Isso se deve a inúmeras causas. Dentre elas, podemos destacar a insuficiência de pessoal capacitado para atender o consumidor de forma correta e eficaz; o total desconhecimento dos direitos do consumidor, tutelados pela Lei 8.078/90 (Código de Proteção e Defesa do Consumidor); a falta de investimento, em razão do cepticismo das empresas, por entenderem ser de importância secundária um tratamento diferenciado ao cliente; omissão de informação ostensiva e adequada sobre a utilização e riscos advindos do uso do produto na própria embalagem; pela hipossuficiência do próprio consumidor perante o fornecedor; ou até mesmo pelo fato de terem conhecimento de que, após o efetivo atendimento tácito ao consumidor através do SAC 0800, caso o mesmo não postule formalmente pedido junto aos Órgãos de Defesa do Consumidor dentro dos prazos legais admissíveis, quais sejam: trinta dias corridos, tratando-se de fornecimento de serviço e produto não duráveis e noventa dias corridos, tratando-se de bens duráveis, conforme estabelecido na referida lei, fatalmente perderão o direito de requerê-los em razão da perda do direito de reclamá-los, caracterizada pela decadência.

Ocorrendo quaisquer dessas hipóteses, o prejudicado certamente será sempre o consumidor, eis que o fornecedor agindo de má fé, provavelmente deixará o consumidor no limbo até que seja prescrito seu direito à reclamação. Neste sentido, em caráter informativo, mister se faz a ciência do consumidor quanto às probabilidades de se ver atrelado às exigências da lei, no que tange ao seu direito de agir.

Por outro lado, o que se pode constatar infelizmente é que, apesar dos avanços alcançados pela norma legal referida, visando a melhoria do mercado consumerista e harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo, percebe-se ainda que pouco se caminhou em direção à devida educação e informação de consumidores e fornecedores, quanto aos seus direitos e deveres.

Neste sentido, o fornecedor que não se adequar às exigências da lei e à nova realidade mercadológica, inevitavelmente será absolvido por outros concorrentes que já estejam em consonância com a forma correta de agirem perante o mercado de consumo.

Cabe ao fornecedor entender que o serviço "0800" não deve ser criado com o objetivo de ser "diferencial de marketing" na empresa, ou até mesmo subterfúgio para se ver livre de eventual reclamação postulada pelo consumidor, em razão da evidência de quaisquer vícios identificados no produto ou serviço.

Melhor seria se a idéia de sua criação se idealizasse na perspectiva de se tornar a empresa, diferenciada das demais pelo objetivo de atender as necessidades dos consumidores, oferecendo-lhes sempre serviços e produtos com qualidade e respeitando a dignidade, saúde e segurança que traduzem em si a alma do negócio.

Prezados, comentem esse artigo e dêem exemplos reais.